Na conferência de imprensa após a reunião da Mesa Nacional do B, que aprovou o programa eleitoral e as listas de deputados às próximas legislativas, Catarina Martins foi questionada pelos jornalistas sobre a necessidade de os partidos clarificarem nesta campanha quais as condições de governabilidade depois das eleições de 30 de janeiro.
“Eu julgo que isso é importante. Nós no Bloco de Esquerda gostamos dessa clareza. Em 2015, ainda antes das eleições, fomos absolutamente claros sobre essa matéria. Em 2019 fomos outra vez claros, propusemos um acordo ao PS, que o PS não quis e acabou por ir criando um pântano político que nos levou ao impasse em que nos encontramos”, começou por responder.
O BE, segundo a sua líder, vai a eleições “com clareza sobre os objetivos para soluções de governabilidade”, o primeiro dos quais “um Serviço Nacional de Saúde com carreiras dignas e profissionais dedicados”.
“Uma Segurança Social que respeite as pensões e que reformule os apoios sociais para que os trabalhadores pobres não fiquem para trás quando mais necessitam e uma política para o trabalho sobre o salário mínimo muito clara, mas também sobre o salário médio”, elencou.
O quarto objetivo, de acordo com Catarina Martins são “medidas concretas sobre a crise climática”, sendo a primeira proposta “não só aumentar as redes de transporte público coletivo, como fazer um caminho de gratuitidade dos passes”.
“Com estas propostas claras o BE também diz ao que vem quando fala de soluções para de Governo para o país”, concretizou.
Questionada sobre se estes seriam os quatro pilares que o BE levaria para a mesa das negociações com o PS a seguir às eleições, a líder bloquista referiu que “seguramente as bases são importantes para se ir mais longe”.
“O BE não abdica em nenhuma das áreas de tentar soluções para o país, mas diz claramente quais são as quatro áreas em que se sentará para criar soluções e acho que essa clareza é absolutamente essencial nos dias que correm”, enfatizou.
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