Num protesto convocado pelos autodenominados Comités de Defesa da República (CDR), centenas de pessoas concentraram-se cerca das 16:00 locais em Canaletes, nas Ramblas de Barcelona, iniciando depois uma marcha pela Plaza de Catalunya e pelo Passeig de Gràcia, o que causou cortes parciais de circulação ao trânsito.
O número de manifestantes independentistas tem aumentado à medida que o protesto passava pelas ruas de Barcelona.
Os participantes na manifestação, que até ao momento não causaram problemas de ordem pública, estão a empunhar bandeiras e cartazes, em que se pode ler “desobediência civil”, enquanto gritam slogans a favor da libertação dos “presos políticos” e do ex-presidente Carles Puigdemont.
Os manifestantes estão também a apelar a uma nova greve geral e a gritar "a Europa é uma vergonha".
Os chamados Comités de Defesa da República (CDR) - grupos autónomos de separatistas radicais - convocaram protestos para as 16h nas Ramblas de Barcelona e, três horas mais tarde, na delegação do governo espanhol. Nesse mesmo local houve confronto entre as forças policiais e manifestantes na sexta-feira.
"Face a esta grave situação temos que responder juntos", pode ler-se na conta oficial no Twitter dos CDR a convocar os protestos sob o lema "Contra a repressão e para a República".
A convocação surgiu pouco depois do anúncio da detenção de Puigdemont na Alemanha.
Em Girona, a cidade de Puigdemont, 100 quilómetros a norte de Barcelona, algumas dezenas de separatistas manifestaram-se em frente à delegação do governo espanhol, segundo imagens divulgadas pelo CDR desse município no Twitter.
A manifestação convocada pelos Comités de Defesa da República coincide com um outro protesto convocado pela Assembleia Nacional da Catalunha, também contra a detenção do ex-presidente Carles Puigdemont e a prisão efetiva de cinco políticos independentistas catalães decretada pelo Supremo Tribunal espanhol.
A polícia alemã deteve hoje Puigdemont junto à fronteira com a Dinamarca.
A detenção acontece na sequência de um mandado de detenção europeu e internacional por parte do Supremo Tribunal espanhol, que na sexta-feira decidiu também aplicar prisão efetiva sem fiança a cinco políticos independentistas catalães, acusados de delito de rebelião, no quadro da tentativa de criação de uma república independente na Catalunha.
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