Mick Mulvaney acusou os Democratas de quererem “atenção” com a iniciativa do presidente da comissão parlamentar de Meio e Recursos, Richard Neal, que pediu às autoridades fiscais as declarações de impostos de Trump dos últimos seis anos.
Desde Richard Nixon (1969-1974), Trump é o primeiro Presidente dos Estados Unidos a recusar divulgar a sua situação fiscal.
Questionado, num programa do canal Fox News, sobre se os Democratas vão obter as declarações, o chefe de gabinete respondeu: “Nunca. E eles sabem disso”.
“É uma questão que já foi debatida durante a eleição [de 2016]. Os eleitores sabiam que ele não o tinha feito e mesmo assim elegeram-no, é com certeza isso que deixa os Democratas loucos”, disse Mulvaney.
A comissão da Câmara dos Representantes fundamentou o pedido com o argumento de querer apurar se o Tesouro realmente “controla e aplica as leis fiscais federais ao Presidente”.
O advogado pessoal de Donald Trump, Jay Sekulow, disse à televisão ABC que a justificação da comissão “não tem sentido nenhum”.
“Podiam perguntar ao IRS que trabalho fazem, quais são os procedimentos de inspeção fiscal. A ideia de que se pode usar o IRS como arma política é incorreta do ponto de vista do Direito e da Constituição”, disse.
A acusação de que o pedido é uma manobra política foi recusada “em absoluto” por um dos membros da comissão, o democrata Ben Ray Lujan.
Em declarações à Fox, o deputado frisou que “na história recente não foi preciso pedir as declarações de impostos a nenhum presidente” porque “todos eles as divulgaram voluntariamente”.
“Trump prometeu, quando era candidato, que divulgaria as suas declarações de impostos uma vez eleito […] e recusou fazê-lo”, insistiu.
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