O esclarecimento da Casa Branca surge depois do chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky, ter pedido que Joe Biden visite o país para ver a devastação causada pela invasão russa.
"Não há planos para o presidente Biden viajar para a Ucrânia", disse a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, em conferência de imprensa.
Jen Psaki indicou, no entanto, que a viagem de um alto responsável dos EUA à Ucrânia está planeada e que as informações não serão reveladas com antecedência, por "questões de segurança".
A porta-voz respondeu assim ao pedido feito por Zelensky no domingo, para que Joe Biden visitasse a Ucrânia, para ver, em primeira mão, a guerra desencadeada pela invasão russa, lançada por Moscovo em 24 de fevereiro.
"Claro que é decisão dele, e depende da segurança, mas acho que o líder dos Estados Unidos deveria vir aqui para observar", afirmou Zelensky em entrevista à rede norte-americana CNN.
Após a retirada das tropas russas dos arredores de Kiev, Joe Biden revelou que estava a estudar a possibilidade de enviar um alto responsável do seu governo para a Ucrânia.
Alguns meios de comunicação especularam que poderia ser o secretário de Estado, Antony Blinken, ou o secretário de Defesa, Lloyd Austin.
Biden esteve no final de março na Polónia, país vizinho da Ucrânia que recebeu mais refugiados da guerra, mas na altura descartou a possibilidade de pisar território ucraniano.
Zelenskiy agradeceu a ajuda militar enviada pelos Estados Unidos, incluindo o pacote adicional de 800 milhões de dólares anunciado na semana passada, mas pediu mais apoio.
Na semana passada, Biden anunciou o envio de um pacote adicional de assistência militar à Ucrânia com armas mais letais, para enfrentar a Rússia na nova fase da invasão, mais focada em Donbas, no leste do país.
O presidente deu a entender há alguns dias que ainda gostaria de ir pessoalmente à Ucrânia, perguntando aos repórteres que cobrem a Casa Branca: "Vocês estão prontos para ir?" Quando perguntado por uma repórter se ele iria, Biden disse que sim.
No entanto, Psaki também disse, na semana passada, que não havia planos nesse sentido, tal como voltou a afirmar hoje quando questionado sobre o pedido de Zelensky.
Biden tem falado com Zelensky por telefone várias vezes desde o início da invasão russa - a última das quais na quarta-feira.
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