"Tínhamos previsto para hoje à tarde uma intervenção dos mergulhadores da Marinha e da Polícia Marítima para tentar retirar o parapente, que está numa zona de rebentação, mas não foi possível porque não havia condições de segurança para os mergulhadores, devido às condições meteorológicas", disse à agência Lusa Luís Lavrador, adiantando que os trabalhos para tentar resgatar os dois desaparecidos serão retomados na quarta-feira.
"Vamos avaliar os meios que poderemos envolver em função das condições meteorológicas", acrescentou o responsável do porto de Setúbal, que tem jurisdição sobre a zona onde ocorreu o acidente que provocou um morto e dois desaparecidos, todos de nacionalidade austríaca.
As duas pessoas desaparecidas, de 34 e 37 anos, integravam um grupo de turistas austríacos que chegou a Portugal na semana passada para a prática da modalidade de parapente.
O acidente ocorreu quando uma mulher aterrou numa praia do Meco, muito perto da água, tendo sido arrastada para o mar, juntamente com o parapente. Dois outros austríacos do mesmo grupo, que tinham aterrado pouco antes no mesmo local, foram em socorro da mulher, mas acabaram, também eles, por ser arrastados para o mar.
O corpo de uma das três vítimas, um homem de 51 anos, foi encontrado ainda na segunda-feira, mas já sem vida. As outras duas pessoas - a mulher e um outro homem que a tentou socorrer - continuam desaparecidos.
Contactado pela agência Lusa, o embaixador da Áustria em Portugal, Robert Zischg, lamentou o acidente e disse que a embaixada estava a acompanhar a situação, tendo disponibilizado "dois funcionários para acompanharem o grupo de turistas austríacos".
Segundo Robert Zischg, perante a tragédia que ocorreu em Sesimbra, o grupo, que tinha vindo a Portugal para a prática de parapente e só deveria regressar à Áustria na próxima sexta-feira, decidiu antecipar o regresso para esta quarta-feira.
A embaixada da Áustria em Portugal aguarda agora que as autoridades marítimas consigam recuperar os corpos dos dois austríacos desaparecidos, mas as operações de resgate têm sido dificultadas pelo estado do mar.
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