"Quero assegurar-me de que França e toda Europa trabalham com entusiasmo com o Canadá, o país mais europeu dos países não europeus, decidido, como vocês, a manter as relações mais positivas possíveis com os Estados Unidos", declarou numa conferência de imprensa ao lado de Macron no Palácio do Eliseu.

A viagem de Carney a França é a primeira desde que assumiu o cargo na sexta-feira. O primeiro-ministro liberal, que depois irá a Londres, procura reforçar alianças na Europa, num contexto de fortes tensões com os Estados Unidos.

Com 41 milhões de habitantes, o Canadá está imerso numa guerra comercial com o seu vizinho do sul desde a chegada à Casa Branca do presidente Donald Trump.

O dirigente republicano impôs uma série de tarifas sobre os bens canadianos, uma medida que ameaça desencadear uma recessão no país. Também ameaçou anexar o Canadá ao afirmar que deveria ser o "51º estado americano".

Carney, de 60 anos, afirmou em Paris que "é mais importante que nunca que o Canadá reforce os laços com aliados confiáveis como França".

"Ambos defendemos a soberania e a segurança, demonstradas pelo nosso apoio inabalável à Ucrânia sob a sua liderança", acrescentou.

Tanto Canadá como França participaram no sábado, por videoconferência na cimeira organizada pelo primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer.

Carney, que foi governador do Banco da Inglaterra, reunir-se-á em Londres com Starmer e com o rei Charles III, que é também soberano do Canadá.