“Em apoio ao povo da Venezuela, o Canadá anuncia sanções conta figuras-chave do regime de (Nicolás) Maduro, para enviar uma mensagem clara de que seu comportamento antidemocrático tem consequências”, indica um comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros canadiano.
O documento, publicado na página de Internet do Ministério dos Negócios Estrangeiros canadiano, refere que a ministra dos Negócios Estrangeiros, Chrystia Freeland, anunciou hoje (sexta-feira) “sanções contra as pessoas responsáveis pela deterioração da democracia na Venezuela”.
“As medidas são consistentes com os princípios e valores canadianos e visam manter a pressão sobre o Governo da Venezuela para restaurar a ordem constitucional e respeitar os direitos democráticos de seu povo”, explica.
“De acordo com a Lei de Medidas Económicas Especiais, o Canadá está a impor sanções específicas contra 40 funcionários venezuelanos e indivíduos que desempenharam um papel fundamental em minar a segurança, estabilidade e integridade das instituições democráticas da Venezuela”, adianta.
O comunicado refere também que as sanções são aplicadas “em resposta ao aprofundamento da ditadura pelo governo da Venezuela”.
“Ao impor sanções ao regime de (Nicolás) Maduro, o Canadá demonstra o seu forte compromisso com o regresso da democracia na Venezuela”, explica.
O documento explica ainda que “o Canadá não permanecerá silencioso enquanto o Governo da Venezuela rouba os direitos democráticos fundamentais do seu povo”.
“O anúncio de hoje [sexta-feira] de sanções destaca o nosso compromisso em defender a democracia e os direitos humanos em todo o mundo. O Canadá é solidário com o povo da Venezuela que luta para restaurar a democracia no seu país”, conclui.
Entretanto, o Ministério de Relações Exteriores da Venezuela condenou, em comunicado, a imposição de sanções “não amigáveis e hostis” e denunciou que as mesmas são uma violação dos princípios e propósitos consagrados na Carta das Nações Unidas.
“A Venezuela denuncia, perante a comunidade internacional, estas medidas não amigáveis e hostis, que violam, entre outros, o princípio de não-intervenção nos assuntos internos dos Estados”, explica.
A Venezuela disse ainda que as “sanções ilegais” violam “os princípios da Carta da Organização de Estados Americanos, do direito internacional e as normas que devem reger as relações de amizade e cooperação entre os estados”.
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