Este ano, a caminhada realiza-se no domingo, a partir das 09h00, em redor da aldeia de Vale d'Urso, num circuito de quatro quilómetros.

No percurso, há várias paragens previstas para momentos musicais e para atuações temáticas do Coro de Leitura em Voz Alta da Biblioteca Eugénio de Andrade.

Com a serra da Gardunha como pano de fundo, os poemas de Luís de Camões vão ser cantados e lidos.

“A escolha de Camões acabou por ser uma escolha natural, tendo em conta os 500 anos do nascimento do poeta maior da nossa literatura. E queremos mostrar que Camões é muito mais do que apenas os Lusíadas”, frisou a presidente dos Caminheiros da Gardunha, Cristina Caetano, em declarações à agência Lusa.

A Gardunha Poética realiza-se há sete edições, para assinalar o Dia Mundial da Poesia e levá-la “em todas as suas formas aos lugares mais inesperados”, proporcionando uma “experiência imersiva e participativa”, referiu a dirigente.

Nos últimos dois anos, Eugénio de Andrade e os 50 anos do 25 de Abril foram o tema escolhido, enquanto desta vez se vai procurar realçar “a ligação entre a natureza e a própria poesia de Camões”.

“Vamos fazer algumas paragens em locais onde predomina o verde ou em presença de água, como sabemos ligados às ninfas, e onde também não é difícil cada um encontrar as suas musas de inspiração”, acrescentou a presidente dos Caminheiros da Gardunha.

Segundo Cristina Caetano, a paisagem e os sons da natureza vão fornecer o enquadramento perfeito para a partilha da obra camoniana, procurando enquadrar nos diferentes lugares identificados os temas mais adequados.

A concentração está marcada para as 08h15, em frente à Biblioteca Municipal Eugénio de Andrade, no Fundão, distrito de Castelo Branco, de onde sai o transporte para a aldeia de Vale d'Urso, onde se realiza a caminhada de baixa dificuldade, que termina com um almoço.

A iniciativa tem a colaboração da Biblioteca Municipal Eugénio de Andrade, da Câmara do Fundão e da Associação Cultural Recreativa e Desportiva do Vale d'Urso.