“Toda a gente tem de estar atenta e contribuir para a solução, incluindo vigilância, na garantia de que os comportamentos estão perfeitamente ajustados ao nível de risco que temos todos os dias em função da meteorologia”, afirmou à agência Lusa Luís Lopes, após visitar o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais.
O vereador, que tem, entre outros, o pelouro da Proteção Civil, esclareceu que a deslocação serviu para transmitir uma “mensagem de confiança relativamente à capacidade de intervenção do concelho e às quatro corporações e os cinco quartéis” existentes.
O autarca assinalou que “o número de equipas disponíveis ainda está em crescendo”, referindo que em 01 de julho começa uma fase de “maior empenhamento” de meios.
“Ainda assim, todos os corpos de bombeiros têm o seu dispositivo já disponível, quer através das equipas de intervenção permanente nos corpos de bombeiros voluntários, quer através das equipas de combate a incêndios do dispositivo propriamente dito coordenado pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e no caso dos bombeiros sapadores o dispositivo que têm em permanência para qualquer ocorrência que exista no concelho”, explicou.
Questionado sobre as preocupações relativas aos incêndios, Luís Lopes admitiu que as “chuvas mais tardias de junho acabaram por fomentar o crescimento de herbáceas, ou seja, de combustíveis finos”, reconhecendo que, quando secarem, “a probabilidade de ocorrência de incêndios acaba por ser mais elevada desde que haja uma ignição” e “pode contribuir para um incremento da velocidade de propagação dos incêndios”.
“Na prática, vai obrigar-nos a ter mais alguns cuidados na celeridade da primeira intervenção”, no pré-posicionamento de recursos e na vigilância, para garantir que “naqueles dias mais críticos não há ignições”, declarou.
Luís Lopes adiantou que prossegue o trabalho de “sensibilização, proximidade e de fiscalização (…), contribuindo, assim, para aumentar o nível de segurança”, acrescentando que no verão vão continuar as campanhas de sensibilização.
Já as unidades locais de proteção civil “irão manter esta relação de proximidade, alertando para a realização, por exemplo, de churrascos, de festas, a utilização de maquinaria em espaços florestais e agrícolas, e garantindo, assim, que as pessoas percebem, a todo o momento, que esta responsabilidade é uma responsabilidade partilhada”, disse.
No concelho de Leiria existem 13 unidades locais de Proteção Civil, formadas por voluntários capacitados para ações de prevenção ou resposta a acidentes graves e catástrofes.
Em julho de 2022, os fogos que atingiram o concelho de Leiria provocaram prejuízos estimados de 8,7 milhões de euros na floresta e agricultura.
Comentários