“Neste momento está a ser desenvolvido e preparado um projeto para ser apresentado no Reino Unido, para ser implementada uma campanha, muito brevemente, para procurar minimizar o impacto que os vários cenários do 'Brexit' possam ter em Portugal”, disse aos jornalistas Ana Mendes Godinho, durante uma deslocação a Monchique, no Algarve.
Naquele concelho da serra algarvia, no distrito de Faro, Ana Mendes Godinho assistiu hoje à assinatura do contrato para o desenvolvimento de programas de turismo de natureza, cultural e criativo, bem como para a recuperação de percursos pedestres e cicláveis afetados pelo incêndio de agosto passado.
De acordo com a secretária de Estado do Turismo, o Governo tem estado a identificar os vários cenários que o 'Brexit' pode comportar para o setor, “existindo um trabalho que tem sido desenvolvido com operadores e companhias aéreas, no sentido de garantir a competitividade do destino Portugal”.
“Além disso, temos passado a mensagem de que Portugal é um país que continuará a tratar sempre os turistas britânicos como sempre tratou até agora. Desde logo, em termos de circulação de pessoas para criar menos problemas e constrangimentos possíveis”, sublinhou.
Segundo Ana Mendes Godinho, o Governo está a monitorizar permanentemente os indicadores do mercado britânico e a partilhar os dados com as associações turísticas, para que sejam minimizados os impactos do 'Brexit'.
“É um trabalho que estamos a fazer em conjunto e temos previstas algumas ações de informações dos próprios empresários turísticos com operadores do Reino Unido para, em conjunto, fazer com que o impacto seja o menor possível”, avançou.
De acordo com a governante, Portugal pretende reforçar a ligação histórica que existe com o mercado britânico, “estando em preparação uma campanha de promoção específica" dirigida àquele mercado.
“Além do reforço da ligação histórica, estamos a trabalhar também com operadores turísticos e companhias aéreas inglesas para garantirmos que teremos estas ligações aéreas competitivas”, destacou.
Ana Mendes Godinho acrescentou que, com base nos números de dezembro passado, “sente-se que tem havido um crescimento do mercado britânico”, defendendo uma vigilância permanente.
“Temos de estar muito vigilantes e a acompanhar permanentemente a situação, porque é o nosso principal mercado emissor, quer em termos de hospedes quer em dormidas”, concluiu.
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