"Fizemos tudo aquilo que estava nas nossas mãos. A Europa provou que era capaz de estar unida naquilo que foi o acordo de saída para o Reino Unido. A bola está nas mãos do Reino Unido, e estas notícias de um novo líder do Partido Conservador e portanto novo primeiro-ministro [britânico] são boas notícias para chegarmos a bom porto. Já não temos muito tempo", considerou o comissário português.
Carlos Moedas falava em Ponta Delgada, nos Açores, após um encontro com o chefe do Governo Regional, Vasco Cordeiro, e comentava a indicação de Boris Johnson como novo primeiro-ministro britânico.
Sustentando que a Comissão Europeia está numa "fase de transição", Moedas sublinhou que a "boa vontade" europeu tem sido "pedra de toque" no 'Brexit' e reiterou que o "grande perigo" que existe é um eventual não acordo para a saída britânica da União.
O novo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, mostrou-se hoje convicto de que será possível negociar um "novo acordo, um acordo melhor" para o ‘Brexit', num discurso feito após a indigitação pela rainha Isabel II.
O acordo, disse, "vai maximizar as oportunidades do 'Brexit'", ao mesmo tempo que "vai permitir desenvolver uma nova e excitante parceria com o resto da Europa, baseada no livre comércio e no apoio mútuo".
Numas palavras de homenagem à resiliência e paciência da antecessora Theresa May, criticou os pessimistas, dentro e fora do país, que pensam que, "após três anos de indecisão” o país “se tornou prisioneiro" e que é incapaz de sair da União Europeia.
"Vamos restaurar a confiança na nossa democracia e vamos cumprir as promessas repetidas do Parlamento às pessoas e sair da União Europeia a 31 de outubro, sem mas nem meio mas", vincou.
O líder do partido Conservador, Boris Johnson, foi hoje indigitado primeiro-ministro britânica pela rainha Isabel II, na sequência da demissão formal de Theresa May devido à dificuldade em aplicar o ‘Brexit'.
Boris Johnson, o 14.º primeiro-ministro do reinado de Isabel II, foi empossado numa audiência no palácio de Buckingham.
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