De acordo com o Ministério da Saúde brasileiro, o país sul-americano contabilizou 1.541 vítimas mortais nas últimas 24 horas, o segundo dia com maior mortes desde o início da pandemia e mantendo a média diária de óbitos acima de mil há mais de um mês.
Em relação às infeções, o Brasil, com cerca de 212 milhões de habitantes, totaliza 10.390.461 casos confirmados, após ter somado 65.998 diagnósticos de covid-19 entre quarta-feira e hoje, véspera da pandemia completar um ano em solo brasileiro.
A taxa de letalidade da doença no país permanece fixada em 2,4% há várias semanas e a taxa de incidência subiu hoje para 120 mortes e 4.944 casos por 100 mil habitantes.
Apesar de a pandemia estar presente em todas as regiões do país, São Paulo (2.014.529) Minas Gerais (862.502), Bahia (669.821) e Santa Catarina (657.649) são os Estados mais afetados, ao concentrarem o maior número de infeções.
Já as unidades federativas que totalizam mais mortes são São Paulo (58.873), Rio de Janeiro (32.771), Minas Gerais (18.135) e Rio Grande do Sul (12.149).
O Brasil, que enfrenta uma segunda vaga da pandemia, é o segundo país com mais óbitos devido à covid-19 em todo o mundo, depois dos Estados Unidos, e o terceiro com o maior número de infetados, depois da nação norte-americana e da Índia.
No total, 9.323.696 pacientes já recuperaram da doença em território brasileiro, enquanto que 815.267 cidadãos infetados permanecem sob acompanhamento médico, quer em hospitais, quer nas suas residências.
Praticamente um ano após o novo coronavírus ter chegado ao Brasil, a segunda vaga da pandemia tem provocado um agravamento dos casos e mortes em grande parte do país, principalmente na região amazónica, onde circula uma nova estirpe, a P.1, até três vezes mais contagiosa do que a original.
Além disso, várias cidades, um pouco por todo o país, estão a ver o seu sistema de saúde a entrar em colapso, devido à falta de vagas em hospitais.
Exemplo dessa situação é o Estado de Santa Catarina, cujos hospitais atingiram a maior taxa de ocupação de camas de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em toda a pandemia (91,18%), segundo dados obtidos pelo portal de notícias G1.
Face ao agravamento da situação, o Governo de Santa Catarina publicou um decreto com novas restrições à circulação de pessoas, válido por 15 dias.
Situação semelhante vive o Estado do Rio Grande do Sul, que alertou para o risco de esgotamento da capacidade do seu sistema de saúde.
“Esta é maior taxa de ocupação até agora, uma situação de extrema gravidade, e será necessária a utilização de espaços disponíveis em cada instituição da rede hospitalar do Estado”, explicou o diretor do Departamento de Regulação Estadual, Eduardo Elsade, citado pelo G1.
Já em Curitiba, no Paraná, três hospitais registaram filas de pacientes à espera de atendimento geral na noite de quarta-feira, dentro de ambulâncias, após as camas das instituições terem ficado lotadas.
Vários especialistas atribuem o agravamento da situação a aglomerações durante o período de carnaval e à falta de medidas restritivas e de cuidados por parte da população.
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