Numa breve declaração no Palácio do Planalto, em Brasília, Temer afirmou que o emprego das Forças Armadas para garantir a lei e a ordem em Roraima visa "oferecer segurança aos cidadãos brasileiros e aos imigrantes venezuelanos que fogem do seu país em busca de refúgio no Brasil".
O Governo brasileiro, porém, não especificou a quantidade de soldados que serão enviados para Roraima.
O anúncio aconteceu dez dias depois de a cidade de Pacaraima, localizada no lado brasileiro da fronteira com a Venezuela, registar um ataque violento realizado por um grupo de brasileiros contra um acampamento de imigrantes venezuelanos.
O Estado de Roraima, um dos mais pobres do país, é a principal rota utilizada pelos migrantes que fogem da grave crise política, económica e social que dificulta as condições de vida na Venezuela.
Nos últimos dois anos, cerca de 56 mil venezuelanos fugiram do seu país e pediram refúgio ao estado brasileiro, de acordo com dados do Governo divulgados em junho.
Muitos destes imigrantes permanecem na capital de Roraima, a cidade de Boa Vista, ou na cidade fronteiriça de Pacaraima, dois locais onde a tensão entre brasileiros e venezuelanos tem sido grave nos últimos meses.
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