Johnson falava no discurso de encerramento do Congresso do Partido Conservador, na cidade inglesa de Blackpool, no qual abordou a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, defendendo que a invasão das tropas russas foi motivada pelo “medo” de Putin de acabar com um país “livre e democrático” como o seu vizinho.
“A cada dia que passa da resistência heroica da Ucrânia, fica claro que Putin cometeu um erro catastrófico… Por que decidiu invadir um país totalmente inocente?”, questionou.
O líder conservador assinalou que Putin “não acreditava realmente que a Ucrânia se juntaria tão cedo à NATO. Sabia perfeitamente que não havia planos de colocar mísseis em solo ucraniano”.
“Acho que ele tinha medo da Ucrânia, porque na Ucrânia há imprensa livre e eleições livres”, o que ameaçava a sua forma de governar o país.
Johnson classificou a invasão como “o início de uma nova era de intimidação na Europa Oriental” e considerou que o mundo está num “momento de viragem”, em que é preciso “escolher entre a liberdade e a opressão”.
“Na Rússia de Putin, é-se preso durante 15 anos apenas por chamar uma invasão de invasão. E, se protestar contra numa eleição, é-se envenenado ou baleado”, acrescentou.
Para Johnson, “é precisamente porque a Ucrânia e a Rússia têm historicamente uma relação tão próxima que ele [Putin] estava aterrorizado com o efeito do modelo ucraniano sobre si e a Rússia”.
O chefe do executivo de Londres também afirmou que “a guerra de Putin está destinada a causar prejuízos económicos ao Ocidente em próprio benefício”.
“[Putin] sabe que a cada aumento de dólar no preço do barril de petróleo lucra milhares de milhões com a venda de petróleo e gás”, acrescentou.
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