Hau Do Suan usou o seu “direito de resposta” no final de um encontro de seis dias com líderes mundiais na assembleia-geral da ONU, na segunda-feira, para responder ao que apelidou de “comentários irresponsáveis” e “alegações infundadas” feitas nos discursos da organização, que representa 193 países.
No ultimo mês, mais de 420 mil rohingyas muçulmanos chegaram ao Bangladesh, depois de as suas casas e aldeias serem incendiadas por soldados e monges budistas.
Hau insistiu: “Não há qualquer limpeza étnica. Não há qualquer genocídio (…) Vamos fazer todos os possíveis para impedir uma limpeza étnica e genocídio”.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas vai reunir-se na quinta-feira para analisar a violência na Birmânia e a crise ligada à questão da minoria muçulmana rohingya, disseram diplomatas na segunda-feira.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, dirigir-se-á ao Conselho durante a reunião pedida por sete países, entre os quais os Estados Unidos e a França.
O Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) advertiu na segunda-feira para a situação “desesperada” dos rohingyas refugiados no vizinho Bangladesh, considerando que poderá piorar caso não aumente a ajuda humanitária.
Segundo a ONU, cerca de 436 mil rohingyas chegaram ao Bangladesh no último mês, fugindo da violência na Birmânia, que escalou após os ataques a 25 de agosto do Exército de Salvação do Estado Rohingya (ARSA) contra postos militares e da polícia.
Na sequência dos ataques, “o Exército birmanês tem realizado execuções e pilhagens em massa, destruindo centenas de aldeias e forçando quase meio milhão de rohingya a fugirem para o vizinho Bangladesh”, segundo a organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch.
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