Esta é a primeira visita oficial de um líder israelita ao Brasil, estando prevista a participação de Netanyahu, a 1 de janeiro, em Brasília, na cerimónia de posse de Jair Bolsonaro como Presidente brasileiro.
“O Brasil é um país enorme, com enorme potencial para Israel do ponto de vista económico, diplomático e de segurança”, disse Netanyahu aos jornalistas, durante o voo para o Rio de Janeiro.
“Estamos felizes em começar uma nova era [nas relações] entre Israel e esse grande poder que é o Brasil”, acrescentou.
Netanyahu também sugeriu que pretendia pedir ao Presidente eleito um anúncio oficial sobre a transferência da embaixada brasileira em Israel de Telavive para Jerusalém, como os Estados Unidos fizeram em maio.
Jair Bolsonaro disse no início de novembro que quer seguir os passos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que transferiu a embaixada de seu país para Jerusalém numa decisão chamada de “histórica” por Netanyahu.
No entanto, o líder brasileiro recuou alguns dias depois, dizendo que a transferência da embaixada do Brasil de Telavive para Jerusalém “ainda não foi decidida”.
Os especialistas já alertaram para as consequências desta decisão nas relações comerciais do Brasil com os mercados árabes ameaçadas. Em 2017, o Brasil exportou 5.000 milhões de dólares (4.300 milhões de euros) em carne bovina, dos quais 983 milhões de dólares (859) foram exportados para 17 países árabes.
Benjamin Netanyahu e Jair Bolsonaro deverão almoçar juntos esta sexta-feira num forte militar na famosa praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.
O primeiro-ministro israelita será um dos líderes mundiais presentes na posse de Bolsonaro juntamente com os Presidentes de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, e do Chile, Sebastian Piñera, ou o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán.
Donald Trump, do qual Jair Bolsonaro é um fervoroso admirador, não fará a viagem ao Brasil, mas enviará seu secretário de Estado, Mike Pompeo, que se encontrará com Netanyahu no dia 1 de janeiro, em Brasília.
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