“O tema do Sporting é um tema que, obviamente, há de preocupar a banca e gostaríamos de ver a situação do Sporting normalizada num curto espaço de tempo”, afirmou, à margem de uma conferência sobre banca e seguros em Lisboa.
A polémica que envolve o Sporting agravou-se nos últimos dias, com agressões na terça-feira a jogadores e técnicos na Academia Sporting, em Alcochete, por um grupo de cerca de 50 alegados adeptos encapuzados.
As agressões aconteceram depois da derrota da equipa de futebol no domingo, no último jogo do campeonato, frente ao Marítimo, que fez o clube de Alvalade perder o segundo lugar para o Benfica.
O presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, disse na quinta-feira que a direção do clube e a administração da SAD não se vão demitir.
O clube mantém ainda a previsão de uma emissão de dívida para se financiar, apesar da crise que vive.
O Sporting tem vindo a reestruturar a dívida que tem a bancos e, segundo divulgou o Correio da Manhã no início do mês, beneficiou mesmo de um ‘perdão’ de 94,5 milhões de euros do Novo Banco e do BCP na negociação das condições de uma dívida com estas instituições.
Em 07 de maio, na apresentação de resultados do banco, o ainda presidente do BCP, Nuno Amado, recusou explicar a reestruturação da dívida do Sporting, afirmando apenas que a operação foi feita exclusivamente para salvaguardar os interesses do banco.
“Não falamos de assuntos de clientes. Não falámos no passado, nem agora nem no futuro. O nosso critério é claro, a defesa dos interesses do BCP”, disse.
Também o administrador Miguel Maya – que, entretanto, foi escolhido formalmente pelos maiores acionistas do BCP para suceder a Nuno Amado como presidente executivo do banco – acrescentou que as decisões do banco em reestruturações de dívida têm em vista conseguir menor nível de perdas para o BCP.
Sobre empréstimos a clubes de futebol, disse ainda Miguel Maya que, desde 2013, o BCP alterou regulamentos indicando que não deve dar crédito a clubes de futebol.
Hoje, as ações da Sporting SAD estão a recuperar da queda da sessão anterior e sobem 4,76% para 0,66 euros, numa altura em que o clube que vive um período conturbado.
Na chamada das 10:30, as ações avançaram 4,76% para 0,66 euros e hoje foram transacionadas 2.253 ações.
As empresas cotadas com pouca liquidez e dispersão bolsista, como é o caso da SAD do Sporting, têm uma negociação por chamada, ou seja, ocorre duas vezes por dia (às 10:30 e 15:30), embora as ordens estejam sempre a entrar no sistema.
Na quinta-feira, as ações do Sporting recuaram 17,11% para 0,63 euros.
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