Aos 35 anos, Carlos Almeida, licenciado em Ciências da Comunicação, encabeça pela segunda vez a lista da CDU à Câmara Municipal de Braga, depois de em 2013 ter sido eleito vereador.
Antes, foi deputado na Assembleia Municipal durante dois mandatos.
Militante comunista desde os 16 anos, define o mandato da coligação Juntos por Braga - presidida por Ricardo Rio e que gere os destinos da autarquia desde 2013 - como uma “desilusão” que pouco alterou nas “políticas estruturais” seguidas por Mesquita Machado (PS) nos 37 anos em que liderou o concelho.
Nas eleições de outubro, a ambição de Carlos Almeida passa por “reforçar a votação na CDU e reforçar a presença da CDU em mandatos nas freguesias”.
“O objetivo maior é desfazer a maioria absoluta de Ricardo Rio no executivo. Seja com a eleição de mais um vereador, seja contribuindo para que essa maioria deixe de existir, mesmo sem meter mais nenhum vereador”, salienta.
Para isso, o comunista está confiante no “sentimento de desilusão” que afirma ser “transversal” na população.
“Havia uma promessa de rutura e Ricardo Rio não só não conseguiu esse objetivo, como se mostrou ainda mais comprometido com os interesses dos grandes grupos económicos”, diz.
Para Carlos Almeida, o futuro de Braga passa por uma “verdadeira aposta” em áreas como o urbanismo, incluindo políticas de mobilidade, construção e trânsito; uma rede de serviços públicos “desenvolvida e estudada de forma a melhorar significativamente a vida dos cidadãos”, como nos transportes; e na cultura e a educação, “parentes pobres” da ação governativa de Ricardo Rio.
Reconhece que houve “melhorias pontuais” nos últimos anos, mas não a nível estrutural.
Quanto à cultura, defende que “a dinâmica cultural” não pode ser medida apenas e só por um aumento de dinamismo no Theatro Circo.
“O que o Theatro Circo fez não apaga a falta de visão para criar condições para o desenvolvimento cultural feito pelo movimento associativista. A maioria PSD/CDS-PP/PPM não soube promover essa democratização no acesso à cultura”, salientou.
A Câmara de Braga tem seis elementos da coligação de direita, quatro do PS e um da CDU.
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