“Não ganhei as eleições, mas recordo uma frase de Mário Soares e Salgado Zenha que me orienta na vida e que vou continuar a seguir de que só perde quem desiste”, disse na sua sede de candidatura, numa altura em que as projeções apontam para um intervalo entre os 14,5% e os 18,5% % dos votos, atrás de Luísa Salgueiro (PS) e António Parada (independente).
Assumindo estar “um bocado desiludido”, Narciso Miranda não respondeu quando questionado se iria ou não assumir um lugar na vereação, dizendo apenas que irá continuar ao serviço de Matosinhos e dos matosinhenses.
Narciso Miranda, que entre 1977 e 2005 liderou a câmara pelo PS, enalteceu ainda a “normalidade” com que decorreram as eleições.
“Gostaria de dizer que fico muito satisfeito com a maneira como decorreram as eleições em Matosinhos, mas tenho muita pena que a participação continue a ser demasiadamente baixa para umas eleições tão importantes”, vincou.
O independente acrescentou ainda ter “sido muito positivo” ver os outros candidatos a aderirem às suas propostas, sublinhando que quem ganhou com isso foi Matosinhos.
“Há que saber ler democraticamente os resultados, dou os parabéns a todos aqueles que participaram pela positiva neste processo, estamos aqui para continuar a trabalhar”, adiantou.
Nas eleições autárquicas de 2009, Narciso Miranda concorreu também como independente à câmara, tendo sido derrotado por Guilherme Pinto, eleito pelo PS que, em 2013, foi reeleito, mas desta vez como independente.
Concorreram à Câmara Municipal de Matosinhos, no distrito do Porto, Luísa Salgueiro (PS), Jorge Magalhães (PSD), José Pedro Rodrigues (CDU), Ferreira dos Santos (BE), Filipe Cayolla (PAN), Narciso Miranda (independente) e António Parada (independente com apoio do CDS-PP).
Durante este mandato, o município foi liderado pelo independente Guilherme Pinto, que morreu em janeiro deste ano, tendo o vice-presidente, Eduardo Pinheiro, assumido depois o cargo.
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