Para aceder ao mar, e face à falta de ligações marítimas e pedonais para aceder à ilha barreira da Ria Formosa situada em frente à localidade de Cacela Velha, muitos banhistas arriscam a atravessar a Ria Formosa a pé e “colocam em causa a sua própria segurança, principalmente quando a maré se encontra a vazar, uma vez que as correntes são fortes e puxam para o mar”, advertiu o município.
Em comunicado, a Câmara de Vila Real de Santo António alertou ainda que a zona em causa não tem áreas concessionadas, nem assistência permanente a banhistas, e apelou, por isso, aos banhistas para utilizarem as praias mais próximas: a da Fábrica, situada a poente e onde existe um serviço de travessia de passageiros em pequenas embarcações, e a da Manta Rota, localizadas a nascente e que também está vigiada em permanência.
“O território de Cacela Velha - e toda a sua envolvente - representa um local de rara beleza e de diversidade ecológica que importa conservar e preservar. Apesar de muito procuradas, sobretudo no verão, as ilhas barreira, em frente à aldeia de Cacela Velha, não são uma unidade balnear e, como tal, não estão dotadas de um serviço de assistência a banhistas (nadadores salvadores)”, explicou o município algarvio.
Ao fazerem a travessia da ria a pé, os banhistas colocam-se em perigo e, “não obstante os esforços das equipas móveis do Instituto de Socorros a Náufragos”, o socorro “não é permanente” e a resposta a “qualquer situação de emergência pode não ser assegurada em tempo útil”, acrescentou o município.
“Assim, e de modo a proteger a estabilidade do cordão dunar e da arriba de Cacela, garantir a proteção da fauna e flora desta zona da Ria Formosa e assegurar a segurança dos moradores e visitantes de Cacela Velha, o município de Vila Real de Santo António desaconselha a utilização da zona em frente a Cacela Velha para a prática balnear”, lê-se na nota da câmara do distrito de Faro.
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