Rui Moreira, que discursava na cerimónia de assinatura, esta manhã, do memorando de entendimento entre o Estado e os seis municípios servidos pela STCP - Vila Nova de Gaia, Maia, Matosinhos, Valongo e Gondomar -, no Museu do Carro Elétrico, frisou que esta assinatura “compromete todos”.
“Esta assinatura compromete-nos todos. É uma grande opção, porque ao fazermos esta opção os municípios, com os recursos que têm e ao alocarem recursos a esta função específica, terão de ser mais magros em outras matérias, mas este é o investimento mais importante porque é o investimento que garante o futuro das nossas netas e dos nossos netos”, disse o autarca perante o primeiro-ministro, António Costa, o ministro do Ambiente, Matos Fernandes, e os presidentes das restantes autarquias.
Já o presidente do Conselho Metropolitano do Porto (CmP), Eduardo Vítor Rodrigues, destacou que este processo, que começou pela gestão municipalizada da STCP e culminou hoje com este memorando de entendimento que visa a intermunicipalização, “contribuiu para um reforço da emancipação da Área Metropolitana”.
O também presidente da câmara de Vila Nova de Gaia afirmou ainda que a “gestão de proximidade da empresa” só a tem “beneficiado”.
Eduardo Vítor elogiou o “processo estudado, trabalhado e de consenso até ao limite” entre as várias autarquias ligadas à STCP.
“Nem sempre foi fácil”, admitiu, sublinhando o “empenho redobrado do presidente da Câmara do Porto”, isto depois do próprio Rui Moreira se ter dirigido aos seus homólogos para garantir um “entendimento” entre todos.
“Apesar de a cidade do Porto ficar com uma posição maioritária não será por isso que não nos entendemos. A STCP tem estes dois hemisférios. Uma fortíssima componente intermunicipal e o diálogo tem de ser aprofundado e continuado e tem uma característica de transporte municipal na cidade do Porto onde tem uma representação diferente”, disse Rui Moreira.
De acordo com o documento hoje assinado, no total e até 2023, os seis municípios da Área Metropolitana do Porto (AMP) vão gastar 58,3 milhões de euros.
O Porto será quem mais dinheiro investe (31,3 milhões), estando Valongo no fundo da tabela (3,1 milhões).
De acordo com o memorando, ao Estado caberá assumir a "dívida histórica" da STCP, bem como "as responsabilidades financeiras, laborais e de contencioso formadas durante o período de gestão estatal".
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