A explosão ocorreu no município rural de Morales, no departamento de Cauca, onde "um artefacto explosivo, possivelmente uma mota-bomba, explodiu a poucos metros da esquadra, causando 17 feridos", afirmou Octavio Guzmán, governador do departamento, na rede social X.
Entre as vítimas está "uma menina de 7 anos, que precisou de ser transferida com urgência, assim como dois jovens com estilhaços no rosto", disse o governador. Dois policias também ficaram feridos e estão a ser transferidos para receber atendimento médico, acrescentou.
Vídeos publicados em redes sociais mostram alunos e dezenas de civis a fugir do local, onde estabelecimentos comerciais ficaram destruídos. Uma motocicleta incendiada ficou caída sobre o asfalto.
O general Giovanni Torres, comandante da polícia de Cauca, atribuiu o ataque à Frente Jaime Martínez, vinculada ao Estado-Maior Central (EMC), que atua no município, de 40 mil habitantes. Os rebeldes do EMC rejeitaram o acordo de paz de 2016 entre o governo e a extinta guerrilha das Farc.
O EMC estava em negociações de paz com o governo de Petro, mas dividiu-se em 2024, quando a facção liderada por Iván Mordisco abandonou os diálogos e aumentou a pressão violenta contra as forças estatais. Outra facção, sob o comandante conhecido como Calarcá, mantém um canal aberto com o governo.
Após o rompimento dos diálogos com Mordisco, o Estado redobrou as operações militares contra esse grupo no departamento de Cauca, o seu principal reduto.
A Colômbia enfrenta a onda de violência mais grave da última década, com diferentes focos no nordeste, noroeste e sudoeste do país. A ONU denunciou hoje que os esforços do governo para proteger os civis têm sido "insuficientes", e que os grupos armados expandem-se, apesar das negociações de paz.
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