“Não percebo como é que o senhor primeiro-ministro diz isso quando estão a faltar 50 milhões de euros para as universidades portuguesas porque ainda não foram postos nos orçamentos das universidades e politécnicos o dinheiro necessário para pagar as 35 horas”, afirmou Assunção Cristas aos jornalistas, em visita às Feiras Novas de Ponte de Lima.
A dirigente centrista reagia assim às declarações de hoje do primeiro-ministro, António Costa, que, a propósito do aumento de colocação de alunos no ensino superior, disse que esta evolução representa "a morte do modelo de desenvolvimento" sem "direitos, salários e Estado Social" que a "direita quis impor".
“Não vejo onde retirar essas conclusões quando, com as cativações, o que faz é cortar dinheiro às universidades e politécnicos”, acrescentou.
Quanto ao aumento de estudantes no ensino superior, Assunção Cristas sublinhou ser um bom sinal, porque “quanto mais se puder estudar nas universidades”, mais as pessoas estarão “preparadas e com melhores hipóteses de encontrar o seu emprego ou criar o seu próprio posto de trabalho”.
Questionada pelos jornalistas sobre a ausência de contestação no arranque do ano letivo, a dirigente referiu que isso se fica a dever ao facto de “haver um sindicato a mandar no Ministério de Educação”.
“Quando a CGTP manda no Ministério da Educação é natural que assim seja”, justificou.
A 1.ª fase do concurso de acesso ao ensino superior público colocou 42.958 novos alunos nas universidades e politécnicos, um aumento de 2,1% em relação à mesma fase, em 2015, segundo dados da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES).
Também hoje, o primeiro-ministro, António Costa, se congratulou, em Braga na ‘rentrée’ da JS, pelo início do ano escolar a "tempo e horas" e "sem trapalhadas" e ainda pela "normalidade do funcionamento das instituições”.
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