O anúncio da celebração dos contratos de financiamento foi feito hoje pelo Metropolitano de Lisboa, com a empresa a informar que o contrato relativo ao investimento “Expansão da Rede de Metro de Lisboa – Linha Vermelha até Alcântara” fixa um financiamento de 304 milhões de euros e o contrato “Metro Ligeiro de Superfície Odivelas-Loures” prevê um financiamento de 250 milhões de euros, “valores que correspondem, em ambos os projetos, ao custo total do investimento”.
Os dois contratos contabilizam um investimento de 554 milhões de euros do PRR e “têm prazo de conclusão em 31 de dezembro de 2025”, indicou o Metropolitano de Lisboa, em comunicado, acrescentando que o objetivo é “continuar a melhorar a mobilidade urbana, na ótica do desenvolvimento sustentável e da descarbonização, com benefícios ambientais associados”.
O prolongamento da linha vermelha de São Sebastião a Alcântara terá “uma extensão de quatro quilómetros e quatro novas estações: Amoreiras, Campo de Ourique, Infante Santo e Alcântara, efetuando-se nesta última a ligação à futura Linha Intermodal Sustentável que promoverá a ligação ao concelho de Oeiras (LIOS Ocidental)”, referiu a empresa.
De acordo com o Metropolitano de Lisboa, o Metro Ligeiro de Superfície Odivelas-Loures disponibilizará “um total de 18 estações e 12 quilómetros de rede”, numa linha que se irá estender “num corredor em ‘C’, que ligará o Hospital Beatriz Ângelo ao Infantado, com interface e transbordo para Lisboa na estação de metropolitano em Odivelas”.
Há cinco meses, em 14 de abril, o ministro do Ambiente e da Ação Climática disse que 554 milhões de euros do PRR vão ser investidos no prolongamento da linha vermelha do Metropolitano de Lisboa e na expansão até Loures.
João Pedro Matos Fernandes falava na sessão de assinatura de consignação do lote 1 do Plano de Expansão do Metropolitano de Lisboa para a ligação das estações do Rato ao Cais do Sodré, com a construção de duas novas paragens na Estrela e em Santos, um investimento de cerca de 210 milhões de euros, estimando-se a conclusão da obra em 2024.
“Quando surgiu a hipótese do Plano de Recuperação e Resiliência sabíamos bem onde investir, serão 554 milhões de euros para construir duas linhas [do metropolitano de Lisboa]. A primeira, o prolongamento da linha vermelha pelas Amoreiras, Campo de Ourique, Infante Santo e Alcântara e aí ligando ao comboio”, disse na ocasião Matos Fernandes.
De acordo com o ministro, na linha vermelha surgiu a “grande dúvida de como “passar o caneiro de Alcântara”, salientando que após “profunda discussão técnica” foi decidido fazer em viaduto, com uma estação sob a Avenida de Ceuta e perpendicular à mesma.
“O prazo apertado, o risco geológico, o custo e a muito provável alteração do nível freático em todo o vale de Alcântara conduziu a esta solução que tentaremos, e vamos conseguir, seja o menos impactante possível”, frisou.
Na altura, Matos Fernandes adiantou ainda que o investimento irá ser também para a expansão do metro ligeiro de superfície que ligará Odivelas ao Infantado, servindo o Hospital Beatriz Ângelo (Loures) e o Alto de Santo António dos Cavaleiros.
“Colmata-se assim a ausência de um modo de transporte de elevada capacidade neste corredor de procura suburbana”, acrescentou.
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