Poucas plantas vivem na Antártida, mas os cientistas que estudam musgos detetaram um aumento significativo da atividade biológica no continente nos últimos 50 anos.
Para o estudo, a equipa de investigadores, nomeadamente das universidades britânicas de Exeter e Cambridge, analisou núcleos de bancos de musgo bem preservados na Antártida, numa extensão de cerca de 643,73 quilómetros, e dados documentados dos últimos 150 anos.
Os cientistas estudaram em pormenor cinco núcleos de três locais, tendo concluído que houve alterações biológicas importantes em toda a península antártica no último meio século.
Segundo um dos autores do estudo, Matt Amesbury, da Universidade de Exeter, o aumento da temperatura verificado na Antártida nos últimos 50 anos teve "um efeito dramático no crescimento dos bancos de musgo" no continente gelado.
A continuar a aumentar a temperatura, ainda que de forma moderada, e a crescer o degelo, a Antártida "será um lugar mais verde no futuro", sustentou.
A equipa científica pretende, numa nova investigação, recuar mais no tempo e avaliar o quanto as alterações climáticas afetaram os ecossistemas na Antártida antes de a atividade humana provocar o aquecimento global.
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