“Continuo na minha, que é estando pendente o processo eleitoral, não comentar o processo eleitoral em público como o faria no caso português”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, após uma reunião bilateral com o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, que já deu os parabéns pela vitória ao Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA).
“Há que respeitar aquilo que é próprio da especificidade de cada Estado que é estando a decorrer o processo eleitoral não haver forasteiros, chefes de Estado ou responsáveis políticos a comentar”, acrescentou o chefe de Estado português aos jornalistas.
A presença de observadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) em Angola foi elogiada por Marcelo Rebelo de Sousa, com elementos de “quase todos os países”.
A organização multilateral, disse, afirma-se também através destas missões.
Segundo dados divulgados pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), quando estavam escrutinados 97,03% dos votos das eleições realizadas na passada quarta-feira, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, no poder desde 1975) obteve 3.162.801 votos, menos um milhão de boletins escrutinados do que em 2017, quando obteve 4.115.302 votos.
Já a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) registou uma grande subida, elegendo deputados em 17 das 18 províncias e obtendo uma vitória histórica em Luanda, a maior província do país, conseguindo até ao momento 2.727.885 votos, enquanto em 2017 obteve 1.800.860 boletins favoráveis.
No entanto, o líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior, contestou na sexta-feira a vitória do MPLA e pediu uma comissão internacional para comparar as atas eleitorais na posse do partido com as da CNE.
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