Ângelo da Veiga Tavares falava hoje em Luanda na abertura da reunião de balanço sobre a segurança das eleições gerais desta quarta-feira, felicitou a entrega de todas as forças da ordem e segurança durante o período de votação.
"Isso faz-nos refletir e sugerir desde já, a quem de direito, para uma apreciação mais profunda, no sentido de em futuros pleitos, procurar ter-se em conta (…) na perspetiva de os responsáveis pela segurança do processo eleitoral puderem exercer, com tranquilidade, esse direito que lhes assiste", disse o governante angolano, sem avançar o número de efetivos que não votou.
O titular da pasta do Interior de Angola reiterou ainda a satisfação pelo trabalho feito pelos efetivos das forças de defesa e segurança, realizado com "bastante afinco e entrega total".
Maturidade política dos angolanos deve ser seguido por dirigentes dos partidos
O ministro do Interior de Angola realçou hoje o "alto grau de maturidade política" dos angolanos, que deve ser também demonstrado por dirigentes de partidos políticos, não se deixando influenciar por entidades externas.
"Sobretudo alguns cidadãos estrangeiros com espírito de neocolonialismo e que vêm sentindo alguma frustração, que não escondem, pelo facto de nós, angolanos, virmos mostrando bastante maturidade política", sustentou, Ângelo da Veiga Tavares.
O governante angolano, que falava hoje, em Luanda, na abertura da reunião de balanço sobre a segurança do processo eleitoral, apelou aos dirigentes dos partidos políticos, a não defraudarem a população, "que tudo fez, entregou-se de corpo e alma, e cumpriu tudo o que foi orientado pelas autoridades administrativas.
O titular da pasta do Interior em Angola felicitou "todos que participaram na organização" do processo, nas suas diferentes fases.
"Aqui, muito particularmente aos membros das assembleias e mesas de voto e parabéns também, de forma bastante acentuada, a todos os membros dos órgãos de defesa, segurança e ordem interna pela entrega e sacrifício", disse.
Angola realizou na quarta-feira as quartas eleições, segundas gerais, às quais concorreram o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), Partido de Renovação Social (PRS), Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e Aliança Patriótica Nacional (APN).
A Constituição angolana aprovada em 2010 prevê a realização de eleições gerais a cada cinco anos, elegendo 130 deputados pelo círculo nacional e mais cinco deputados pelos círculos eleitorais de cada uma das 18 províncias do país (total de 90).
O cabeça-de-lista pelo círculo nacional do partido ou coligação de partidos mais votado é automaticamente eleito Presidente da República e chefe do executivo, conforme define a Constituição, moldes em que já decorreram as eleições gerais de 2012.
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