Numa mensagem ao país, Manuel Pereira da Silva pediu a “participação massiva na votação”, que vai decorrer a partir das 07:00 das assembleias de voto, numa “postura cívica, ordeira e responsável, compatível com o ambiente de festa que caracteriza as eleições, abstendo-se de quaisquer comportamentos suscetíveis de perturbar a ordem e a tranquilidade pública”.
Por isso, escreveu o presidente da CNE, “cada eleitor, depois de exercer o seu direito de voto deve abandonar voluntariamente a assembleia de voto”.
Durante a campanha eleitoral, a União Nacional para a Independência Total de Angola tem insistido no movimento “Votou, Sentou!”, exortando os seus apoiantes a ficarem junto das assembleias de voto para controlarem o resultado da contagem final.
Esta iniciativa é considerada ilegal pelas autoridades e é um dos motivos de tensão esperados nas eleições de quarta-feira.
O presidente da CNE considera que o órgão “preparou, organizou e continua a conduzir o processo eleitoral” nos “prazos programados, com profissionalismo, transparência, imparcialidade, isenção e lisura”.
Nas eleições de quarta-feira concorrem oito formações políticas: Movimento Popular para a Libertação de Angola (MPLA, no poder), União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Convergência Ampla de Salvação de Angola-Coligação Eleitoral (CASA-CE), Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), Partido de Renovação Social (PRS), Aliança Patriótica Nacional (APN), Partido Humanista de Angola (PHA) e Partido Nacionalista para Justiça em Angola (P-Njango).
A CNE “realizou o mapeamento e a georreferenciação que resultou em 13.238 assembleias de voto e 26.488 mesas de voto, o que implicou o recrutamento e formação de 106.870 membros”, no país e no exterior.
Até ao momento, a CNE credenciou 277.483 delegados de lista, sendo 153.853 delegados efetivos e 123.630 suplentes, dos “partidos políticos e coligação de partidos políticos concorrentes, já entregue, que vão trabalhar na fiscalização de todas as assembleias de voto”.
Em paralelo, “foram reconhecidos e credenciados mais de 1.300 observadores nacionais e internacionais, representando organizações não-governamentais, associações, igrejas e personalidades de reconhecido mérito e prestígio nacional, bem como, organizações regionais e internacionais, missões diplomáticas e personalidades de reconhecido mérito e prestígio internacional”, referiu Pereira da Silva
Sobre a campanha e o processo, o presidente da CNE agradeceu ainda “o comportamento dos cidadãos eleitores em todas as fases do processo eleitoral”.
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