"Direitos para todos, ou para ninguém", gritavam as manifestantes num bairro de Cabul, segundo imagens de vídeo obtidas pela AFP.
Cerca de 20 mulheres afegãs, vestidas com hijabs e algumas usando máscaras faciais, gritaram com os punhos erguidos na rua para serem autorizadas a estudar.
Mas "algumas mulheres foram detidas e levadas por polícias", disse à AFP uma manifestante, que preferiu permanecer anónima.
"Duas mulheres foram libertadas, mas várias permanecem presas", acrescentou.
Os protestos das mulheres tornaram-se menos frequentes no Afeganistão desde a prisão de ativistas proeminentes no início deste ano. As participantes correm o risco de serem presas, submetidas à violência e estigmatizadas.
Inicialmente planeada para acontecer em frente ao campus de Cabul, o maior e mais prestigioso do país, a manifestação foi forçada a deslocar-se, devido à presença de um grande efetivo de segurança.
"As meninas afegãs são um povo morto (...). Elas choram sangue", disse Wahida Wahid Durani, estudante de jornalismo da Universidade de Herat (oeste).
"Eles estão a usar toda a sua força contra nós. Receio que anunciarão que as mulheres não têm nem o direito de respirar", lamentou a estudante.
Numa carta concisa, o ministro do Ensino Superior, Neda Mohammad Nadeem, ordenou na terça-feira que todas as universidades públicas e privadas do país proíbam as alunas de frequentar as aulas por tempo indeterminado.
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