“Ao nível da infraestrutura, vamos fazer as obras necessárias. Vamos ampliar. Nesta zona onde estamos presentes [atual sala VIP] será a ampliação do futuro terminal. Isso acresce 30% da área útil do atual aeroporto”, revelou o presidente do conselho de Administração da ANA no aeroporto de Ponta Delgada.
José Luís Arnaut falava aos jornalistas acompanhado pelo presidente do Governo Regional, José Manuel Bolieiro, após uma reunião entre a ANA (concessionária do aeroporto) e o executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM).
A obra, que vai começar no início de 2024 e terminar em 2027, vai ampliar o Aeroporto João Paulo II em quatro mil metros quadrados, passando a infraestrutura a ter dois pisos.
“Vim hoje aqui assumir aquele que é o compromisso da ANA com os Açores. Sempre o tivemos. Nós reiterámo-lo. Nós estamos aqui para apostar e continuar a investir”, reforçou Arnaut.
Lembrando que a ilha de São Miguel passou a ter sete novas rotas no último ano, o ‘chairman’ da ANA reconheceu que o “crescimento” do turismo na região “tem de ter uma resposta ao nível da infraestrutura”.
“Não se pode parar o aeroporto para fazer a obra. Temos de fazer a obra com o aeroporto a funcionar sem prejudicar os passageiros e o movimento. É uma engenharia muito fina”, acrescentou.
A concessionária vai ainda realizar outras intervenções para “melhorar a experiência do passageiro” e garantir a “sustentabilidade ambiental”.
“Vamos tentar que os aeroportos tenham centrais fotovoltaicas para se autoabasteceram. Vamos criar pontos de energia verde e um conjunto de condições para que nos próximos anos os aeroportos dos Açores estejam credenciados com esses requisitos”, declarou.
Quando questionado, José Luís Arnaut não detalhou o valor do investimento previsto, mas garantiu que “o que terá de ser feito será feito”.
“O valor total do investimento será público e será anunciado. O preço da construção muda ao dia. Seria pouco profissional estar aqui a atirar números. As empresas que vão concorrer é que vão definir o preço. Não somos nós”, realçou.
Por sua vez, o presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, também disse ter o “compromisso” de que a concessionária “vai fazer o que for preciso” para assegurar a ampliação do aeroporto da maior ilha açoriana.
“O que tem de ser feito será feito para esse aumento. Depois, pagar-se-á o que tiver de ser pago”, disse o líder regional.
Bolieiro elogiou o “plano de compromissos de curto, médio e longo prazo” para os investimentos naquele aeroporto, que, realçou, serão realizados para “responder com suficiência aos picos de procura” e não de acordo com a média anual de passageiros.
“É do interesse dos Açores essa ampliação. É uma questão de reputação. Há um compromisso e uma relação de cooperação entre a região, as expectativas dos Açores e os compromissos da ANA/Vinci”, afirmou o chefe do executivo regional.
E concluiu: “Entrei nesta reunião enquanto presidente do governo vocacionado para defender o interesse dos Açores com revindicação. Saio com nota positiva de um compromisso da ANA”.
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