Em comunicado, a CCDR do Algarve refere que este é o segundo passo metodológico até ao programa base, depois do estudo de procura realizado no final de 2023 para a ligação, em canal dedicado, entre Faro, Olhão, aeroporto, universidade, Parque das Cidades e Loulé.
Segundo a CCDR, o padrão de ocupação do território no Algarve é de “povoamento disperso e uma rede urbana policêntrica, com numerosas deslocações pendulares casa-trabalho de média distância em viatura própria, com impactos negativos para o ambiente, em especial nesta bacia de emprego estratégica para a região”.
Com a execução do programa base deste sistema de transporte público ficará definido o estudo do traçado, a proposta de localização das paragens, o veículo padrão estabelecido e a estimativa dos custos de construção das infraestruturas e do material circulante.
“Integrado no Portugal 2030, tendo recebido a posição favorável do Conselho Regional e a aprovação da Comissão Europeia, considerado como projeto estruturante no Algarve 2030 [o projeto] pretende promover a mobilidade urbana multimodal sustentável, como parte da transição para uma economia com zero emissões líquidas de carbono e de descarbonização dos transportes públicos na região”, lê-se na nota.
O projeto será desenvolvido em articulação com os municípios de Faro, Olhão e Loulé, a Universidade do Algarve, o Aeroporto Internacional – ANA Aeroportos e o Turismo do Algarve.
O estudo a desenvolver terá o grau de detalhe inerente à fase de programa base e terá de ser validado pelos municípios envolvidos, sublinha a CCDR.
Aquando do anúncio do projeto, em março do ano passado, o presidente da CCDR do Algarve explicou que o metrobus, ou BRT (Bus Rapid Transit), é um veículo elétrico em corredor próprio, com 24 paragens, ao longo de 38 quilómetros, servindo cerca de 185 mil residentes nos três concelhos, ou seja, 40% da população algarvia.
Na ocasião, José Apolinário disse que o metrobus, que terá de estar concluído até 2029, poderá ser a “antecâmara” para poder avançar-se para um modelo em carris, a partir daquele corredor, não afastando o cenário de um futuro metro de superfície na região.
Segundo o traçado proposto, a futura linha do metrobus irá passar por três estações ferroviárias (Parque das Cidades, Bom João, em Faro, e Olhão) e equipamentos e serviços fundamentais na região, como o Aeroporto Internacional Gago Coutinho e o polo de Gambelas da Universidade do Algarve.
De acordo com o estudo prévio, poderão ser feitas cerca de 40 mil viagens por dia, estando em estudo eventuais extensões da linha a Albufeira e à Fuseta.
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