Foi na manhã deste sábado que a guerra voltou ao Médio Oriente, com o ataque surpresa do grupo palestiniano Hamas a Israel, a que chamaram “Tempestade Al-Aqsa”. A esta ofensiva, o país inimigo da Palestina respondeu com um ataque através do ar, bombardeando sete bases militares e quatro quartéis-generais do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação a que chamaram “Espadas de Ferro”.
Ainda nesse dia, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel estava "em guerra" com o Hamas, uma declaração que é cada vez mais evidente à medida que os dias de conflito avançam e a Faixa de Gaza espera ansiosamente pelo grande ataque iminente de Israel.
Esta sexta-feira, Israel emitiu uma "ordem de deslocação" para cerca de 1,1 milhões de pessoas no norte da Faixa de Gaza para sul, em 24 horas, disse a ONU, que pediu a anulação da ordem de um movimento que António Guterres considerou "impossível".
Seguir-se-iam as condenações dos diversos parceiros internacionais de Israel, que de uma maneira geral concordaram com a opinião da ONU e criticaram a possível morte de civis.
Sempre com um foco também na recuperação dos cerca de 150 reféns, o Vaticano ofereceu-se para mediar esta troca, ao mesmo tempo que sublinhou que a resposta israelita ao ataque "desumano" do grupo islâmico deve respeitar a "proporcionalidade".
Apesar dos apelos, no final da tarde as tensões aumentaram na fronteira Líbano-Israel, e milhares de palestinianos começaram ativamente a fugir para o Sul com receio de uma ofensiva israelita.
Até agora, o exército israelita já anunciou várias incursões na Faixa de Gaza, e aguarda-se agora a grande incursão.
“Nas últimas 24 horas, as forças militares israelitas efetuaram incursões localizadas no interior do território da Faixa de Gaza” para procurar “terroristas” e “armas”, refere o exército um comunicado.
Por agora, os Médicos Sem Fronteiras afirmaram na rede social X (antigo Twitter) que Israel deu duas horas para o hospital Al Awda, em Gaza, ser evacuado.
“Os nossos profissionais de saúde ainda estão a tratar dos pacientes”, refere a organização.
Com o grande ataque esperado para daqui a poucas horas, António Guterres apelou a Israel que evite uma “catástrofe humanitária”, depois do ultimato de Telavive ao Hamas.
“O secretário-geral e a sua equipa têm estado de volta dos telefones. [Guterres] está em contacto constante com as autoridades israelitas, apelando a que evitem uma catástrofe humanitária”, indicou o porta-voz Stephane Dujarric em declarações aos jornalistas.
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