Moon Jae-in, presidente da Coreia do Sul, disse aos líderes da imprensa sul-coreana que não deve ser difícil chegar a acordo com Pyongyang quanto ao fim dos programas nucleares naquela península asiática. As negociações ao mais alto nível devem ocorrer entre as Coreias e os Estados Unidos nas próximas semanas.
“Julgo que a desnuclearização tem significados diferentes para a Coreia do Sul e do Norte. O Norte está a mostrar a vontade de uma desnuclearização completa”, disse o presidente do Sul. “Não apresentaram quaisquer condições que os Estados Unidos não possam aceitar e estão a falar do final das políticas hostis contra a Coreia do Norte, seguida de uma garantia de segurança”, acrescentou, citado pela Reuters.
O presidente da Coreia do Sul defendeu também um tratado de paz para encerrar oficialmente a Guerra da Coreia, numa altura me que se aproxima o encontro agendado com o líder norte-coreano Kim Jong Un.
"O armistício que se arrasta há 65 anos deve acabar", disse Moon Jae-in aos jornalistas, acrescentando: "devemos procurar a assinatura de um tratado de paz depois da declaração do fim da guerra".
A Guerra da Coreia foi um conflito armado entre Coreia do Sul e Coreia do Norte. Ocorreu entre os anos de 1950 e 1953 e teve como pano de fundo a disputa geopolítica entre os Estados Unidos (capitalismo) e a União Soviética (socialismo).
A cimeira entre Kim Jong-un e o Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, a primeira cimeira entre as duas Coreias em 11 anos, decorre no dia 27 de abril, na fronteira militarizada entre os dois países.
Entretanto, o diretor da CIA, agência de serviços secretos norte-americana, e secretário de Estado norte-americano nomeado, Mike Pompeo, viajou até à Coreia do Norte na semana antes da Páscoa para reunir-se com Kim Jung-un, um encontro de alto nível que serviu para preparar a reunião com Trump.
Numa mensagem no Twitter, o presidente norte-americano explicou que foi uma reunião "muito fluida", que "se criou uma boa relação" e que ambos abordaram detalhes relacionadas com a cimeira que os dois chefes de Estado deverão realizar em maio.
"Mike Pompeo reuniu-se com Kim Jong-un na Coreia do Norte na semana passada. A reunião foi muito fluida e criou-se uma boa relação", escreveu o Presidente norte-americano.
"Os detalhes da Cimeira estão a ser resolvidos agora. A desnuclearização será algo grandioso para o mundo, mas também para a Coreia do Norte!", afirmou Trump.
Os meios de comunicação social norte-americanos deram esta semana a notícia da reunião entre o ainda diretor da CIA - que foi nomeado para secretário de Estado dos EUA, em substituição de Rex Tillerson - e o líder norte-coreano.
Trump não deu mais detalhes sobre o encontro, mas a imprensa dos Estados Unidos indicou que a viagem de Pompeo à Coreia do Norte ocorreu em finais de março, coincidindo com a Semana Santa. O principal objetivo, salientam os meios de comunicação, foi o aproximar posições quanto às condições que cada um dos lados exigem para o encontro entre ambos os chefes de Estado.
Duas fontes citadas pelo diário 'The Washington Post' indicam que no encontro também foi abordada a questão do programa de armas nucleares de Pyongyang.
Pompeo vai ser o chefe da diplomacia norte-americano. A sua nomeação foi anunciada pelo próprio Donald Trump numa mensagem de Twitter na qual também anunciou o despedimento do seu antecessor, Rex Tillerson.
Tillerson e Trump manifestaram visões contrárias sobre vários assuntos na política externa dos Estados Unidos, a mais relevante das quais a postura face à Coreia do Norte.
Altos responsáveis norte-americanos indicaram que Trump e Kim Jong-un deverão realizar o primeiro encontro da história entre os EUA e a Coreia do Norte em maio ou junho e que estão em análise cinco cenários, sobre os quais não deram pormenores.
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