Pelo menos 400 portugueses vão participar na manifestação ibérica contra a energia nuclear, em Madrid, e pedir ao Governo espanhol que impeça a continuação das centrais, como a de Almaraz, disse hoje fonte da organização.
A associação ambientalista Quercus disse hoje que o Governo português deve voltar a recorrer, e com urgência, às entidades europeias na sequência da decisão espanhola de prolongar a vida da central nuclear espanhola de Almaraz.
Os proprietários da central nuclear de Almaraz têm mais dois anos para solicitar a renovação da licença de exploração da unidade, que normalmente teria de ser apresentada até 8 de junho próximo, dentro de uma semana.
A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, lamentou hoje que na Cimeira Ibérica não tenha havido “um debate sério” sobre Almaraz e instou o governo português a exigir a Espanha o encerramento daquela central nuclear.
O primeiro-ministro, António Costa, explicou que os governos ibéricos não discutiram hoje a questão da central nuclear de Almaraz porque “foi tratada várias vezes no passado” e “ficou bem resolvida”.
O PSD considerou hoje inadmissível que o Governo tenha deixado de fora da agenda da cimeira ibérica a questão de Almaraz, afirmando que é um desrespeito pelo parlamento e uma desresponsabilização sobre uma matéria “extremamente grave”.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, disse hoje que aguarda para ver se as empresas proprietárias da central nuclear de Almaraz fazem o pedido formal de renovação de licença, o que ainda não sucedeu.
Ativistas, ambientalistas e representantes de partidos políticos concentraram-se hoje, em Vila Real, para exigir o encerramento da central nuclear de Almaraz e colocar o tema na agenda da cimeira dos governos ibéricos.
O Presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, reconheceu hoje as visões diferentes de Portugal e Espanha sobre a central nuclear de Almaraz, mas considerou que "há mais vida" nas relações entre ambos os países para além desse tema.
O parlamento aprovou hoje, por unanimidade, um voto de repúdio apresentado pelos Verdes em que se apela ao Governo português para defender, junto de Espanha, o encerramento da Central Nuclear de Almaraz, na próxima cimeira ibérica.
O presidente da Comissão Europeia voltou hoje, em Estrasburgo, a saudar o acordo entre Portugal e Espanha sobre a construção de um armazém para resíduos na central nuclear de Almaraz, apontando-o como exemplo da construção de pontes na Europa.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, frisou hoje, no parlamento, que o Estado português não se pode imiscuir na decisão que compete a Espanha de encerrar ou manter em funcionamento a central nuclear de Almaraz.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros e do Ambiente vão explicar na Assembleia da República a decisão de aceitar como adequada e segura a construção do armazém para resíduos nucleares em Almaraz, fortemente criticada por oposição e ambientalistas.
Responsáveis da Comissão Europeia, desafiados esta quinta-feira em Bruxelas pela eurodeputada Marisa Matias a explicarem como "convenceram" Portugal a dar aval à construção de um armazém de resíduos em Almaraz, sublinharam que foram apenas "mediadores" de "uma solução negociada".
O deputado Pedro Soares, do Bloco de Esquerda, considerou hoje, em Bruxelas, “incompreensível” o aval das autoridades portuguesas à construção de um armazém para resíduos na central nuclear de Almaraz, com base em “estudos alheios”, elaborados pelas entidades espanholas.
Os governos de Portugal e Espanha e a Comissão Europeia saudaram hoje o acordo alcançado em torno da construção de um armazém para resíduos na central nuclear de Almaraz, considerando-o benéfico para todas as partes.
Os ambientalistas criticaram hoje a posição do Governo português, que considerou adequada e segura a construção de um armazém para resíduos nucleares na central espanhola de Almaraz, denunciando submissão a Espanha e uma decisão "surreal e inaceitável".
O eurodeputado Carlos Zorrinho (PS) considerou hoje que a frequência de incidentes na Central Nuclear espanhola de Almaraz deveria resultar na "desistência imediata da construção do armazém de resíduos", reagindo a uma paragem não programada de um reator.
O Conselho de Segurança Nuclear (CSN) de Espanha informou hoje que o incidente ocorrido na central de Almaraz “não teve nenhum impacto”, classificando-se no nível zero na Escala Internacional de Ocorrências Nucleares (INES), que tem sete níveis.
A Central Nuclear de Almaraz, em Espanha, informou que a Unidade 1, que sofreu hoje uma paragem não programada, encontra-se em "situação estável" e assegurou que "todos os controlos e proteções" funcionaram corretamente.
A central nuclear de Almaraz, em Espanha, sofreu hoje uma paragem não programada que interrompeu a alimentação elétrica do reator, denunciaram hoje o Movimento o Movimento Ibérico Antinuclear (MIA) e a Associação Ecologistas em Ação.
A comissão parlamentar do Ambiente convidou a congénere da Assembleia da Extremadura para uma reunião sobre a central de Almaraz mas esta recusou, uma atitude apelidada de "pouco dialogante" pelo deputado português Pedro Soares.
O ministro do Ambiente anunciou hoje no Parlamento que, a partir de 20 de março e durante 20 dias, vão estar disponíveis para consulta pública todos os documentos enviados por Espanha sobre a central nuclear de Almaraz.