Numa carta dirigida ao primeiro-ministro, Keir Starmer, Haigh afirmou: "Continuo totalmente empenhada no nosso projeto político, mas acredito agora que será melhor apoiá-lo fora do governo".
"Entendo que, quaisquer que sejam os factos, esta questão será inevitavelmente uma distração em relação ao trabalho deste governo e às políticas em que ambos estamos empenhados", escreveu.
A demissão ocorreu horas depois de a Sky News e o jornal The Times terem noticiado que Haigh tinha sido acusada de fraude depois de ter comunicado que um telemóvel do trabalho tinha sido roubado após ter sido assaltada em 2013. Mais tarde, disse que o tinha incluído por engano entre os objetos roubados.
Depois de ter encontrado o telemóvel e o ter ligado novamente, foi chamada pela polícia para ser interrogada. Haigh declarou-se culpada de fraude por falsas declarações e recebeu uma exoneração condicional.
Numa declaração anterior à sua demissão, Haigh afirmou que a conselho do seu advogado, declarou-se culpada, apesar de se tratar de um erro genuíno do qual não retirou qualquer benefício. "Os magistrados aceitaram todos estes argumentos e deram-me a sentença mais baixa possível", referiu.
Em resposta, o primeiro-ministro agradeceu-lhe o trabalho para "levar a cabo a ambiciosa agenda de transportes deste governo", na qual destacou os progressos efetuados na renacionalização do sistema ferroviário, uma das prioridades do governo.
"Sei que ainda poderá dar um grande contributo no futuro", escreveu Starmer a Haigh, de 37 anos, que representa um círculo eleitoral de Sheffield, no norte de Inglaterra, no Parlamento desde 2015.
Esta demissão é a primeira de um ministro deste governo desde que o Partido Trabalhista chegou ao poder depois de ter obtido a maioria absoluta nas eleições de 04 de julho, que puseram fim a 14 anos de governo conservador.
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