Segundo as Previsões Económicas Mundiais conhecidas hoje, que reveem em alta o crescimento esperado para 2021 face aos 3,9% apontados em abril, o FMI aponta ainda que a economia portuguesa cresça 4,8% no quarto trimestre deste ano e 2,3% no quarto trimestre de 2022.
As previsões contrastam com as divulgadas hoje pelo Governo no âmbito do Orçamento do Estado, que apontam para um crescimento de 4,8% em 2021 e 5,5% em 2022.
Quanto à inflação, a instituição sediada em Washington aponta para uma décima de crescimento por ano nos próximos tempos, começando nos 1,2% este ano, 1,3% no próximo e culminando nos 1,4% em 2023.
Já as previsões do Governo para o aumento dos preços apontam para uma estabilização nos 0,9% em 2021 e 2022.
O FMI espera ainda que o saldo da balança corrente portuguesa seja de -1,7% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, -2,1% do PIB em 2022 e chegue a -1,1% em 2026.
Na semana passada, o Banco de Portugal manteve a perspetiva de crescimento económico nos 4,8% para 2021, à semelhança do que tinha feito no Boletim Económico de junho.
Além do Governo, o Banco de Portugal continua a ser a entidade mais otimista quanto à evolução da economia nacional este ano, seguido pelo Conselho das Finanças Públicas, que espera um crescimento de 4,7% para este ano.
A Comissão Europeia aponta para um crescimento de 3,9%, e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) espera um crescimento de 3,7%.
Para 2022 ainda não são conhecidas as previsões do Banco de Portugal, mas a OCDE aponta para um crescimento de 4,9%, e a Comissão Europeia e o Conselho das Finanças Públicas esperam também 5,1%, à semelhança do FMI.
Zona euro e UE crescerão em 2021 mais que o esperado anteriormente
De acordo com os dados das Previsões Económicas Mundiais, a economia da zona euro crescerá 5,0% em 2021, mais 0,4 pontos percentuais (p.p.) que o esperado em julho, o mesmo sucedendo para o todo da União Europeia, que regista igual revisão em alta (0,4 p.p.), mas para 5,1%.
Quanto às previsões para 2022, mantêm-se inalteradas face a julho, esperando o FMI que a zona euro cresça 4,3% e que a UE o faça em 4,4%.
As previsões do FMI são assim mais otimistas que as da Comissão Europeia para 2021, que espera um crescimento da zona euro de 4,8%, mas mais pessimistas quanto a 2022, já que Bruxelas aponta para um crescimento de 4,5%, de acordo com as suas previsões de verão, divulgadas em julho.
Relativamente às maiores economias do bloco europeu, o FMI reviu as previsões de crescimento da Alemanha em baixa de 0,5 pontos percentuais para 2021, subindo-as na mesma proporção para 2022 (3,1% e 4,6%, respetivamente).
Quanto a França, as perspetivas do FMI subiram 0,5 pontos para 6,3% este ano, mas baixaram 0,3%, para 3,9%, em 2022.
Itália deverá crescer 5,8% este ano, uma revisão em alta de 0,9 pontos percentuais face ao previsto em julho pelo FMI, e deverá abrandar o ritmo para 4,2% em 2022, uma previsão que se mantém.
Já em relação à economia espanhola, o FMI reviu em baixa de 0,5 pontos percentuais as previsões de julho, esperando agora que cresça 5,7% este ano, mas subiu para 6,4% as previsões do próximo ano, mais 0,6 pontos percentuais que o apontado anteriormente.
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