“Foram recolhidos seis mil postais escritos e três mil assinaturas num abaixo-assinado que circulou na freguesia de A-dos-cunhados e Maceira que vão ser entregues ao Ministério da Saúde”, afirmou Jorge Humberto, do PCP, em declarações à Lusa.
Com os postais, os subscritores dos cinco concelhos, todos no distrito de Lisboa, pretendem “denunciar o problema da falta de médicos de família” na região.
Os postais vão ser colocados dentro de uma seringa gigante que será depois entregue no Ministério da Saúde a “exigir medidas necessárias para um melhor acesso ao único serviço público e universal que permite o acesso a todos em condições de igualdade”.
A recolha de postais, iniciada em março, visa “dar continuidade à luta por melhores cuidados de saúde no Oeste”, depois de várias concentrações e protestos nos concelhos do Cadaval, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras.
Segundo os comunistas, nos cinco concelhos, integrados no Agrupamento de Centros de Saúde Oeste Sul, existem cerca de 70 mil utentes sem médico de família num universo de mais de 200 mil habitantes.
“Numa altura em que se acentuam os problemas no acesso ao Serviço Nacional de Saúde, é necessário reverter a crescente falta de médicos de família e garantir mais contratações de médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde”, sublinharam.
Para o PCP, “não é aceitável que para os utentes do Oeste a solução venha a ser a entrega dos utentes a equipas contratadas por instituições sociais em vez de médicos e enfermeiros no centro de saúde da sua área de residência”.
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