"A direção da Assembleia Nacional carece de legitimidade (…), por isso o Presidente da República, Nicolás Maduro, se ajuramentará perante o STJ, a 10 de janeiro", escreveu na sua conta do Twitter o também vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, o partido do Governo).
Cabello, que é tido como o segundo homem mais forte do “chavismo”, depois de Nicolás Maduro, explicou, numa outra mensagem que, devido a esse facto, o juramento terá lugar "conforme o estabelecido no artigo 231 da Constituição" da Venezuela.
Por outro lado, um boletim do PSUV explica que Diosdado Cabello está a chamar "as forças revolucionárias para tomar Caracas pacificamente, para defender a Constituição, o Presidente da República, Nicolás Maduro, e para defender o direito a viver em paz" no dia 10 de janeiro.
"A nossa meta é impedir que haja violência, a nossa proposta é a paz (…). Nós devemos ter a certeza do caminho que estamos a percorrer, é o caminho da revolução", adianta.
Segundo Diosdado Cabello, se a direita venezuelana tentar algo à margem da Constituição e das Leis da Venezuela, vai ter uma resposta oportuna e contundente.
"Este 10 de janeiro, o povo assumirá o poder com Nicolás Maduro", afirma.
Segundo o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, Nicolás Maduro, foi reeleito para um novo mandado presidencial nas eleições antecipadas de 20 de maio de 2018, com 6.248.864 (67,84%) votos.
Um dia depois das eleições, a oposição venezuelana questionou os resultados alegando irregularidades e o não respeito pelos tratados de Direitos Humanos ou pela Constituição da Venezuela.
Hoje, no seu primeiro discurso, o novo presidente do parlamento Juan Guaidó insistiu que a Assembleia Nacional não reconhecerá o novo mandado de Nicolás Maduro, que começa a 10 de janeiro.
"A presidência, a partir de 10 de janeiro, estará usurpada, porque estamos em ditadura, e recuperar a democracia não depende de uma lei ou de nomear alguém, depende de todos (…). Nicolás [Maduro], a 10 de janeiro, este parlamento não te ajuramentará", disse.
Guaidó, de 35 anos, sublinhou que "há que gerar condições para um governo de transição e para poder realizar eleições limpas e transparentes" e que a Venezuela está "em ditadura, sem máscaras".
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