Durante uma entrevista à Fox News Business, o republicano Trump afirmou que a fórmula 'Trump-DeSantis' “encanta”, razão pela qual a considerou para a recandidatura à Casa Branca, uma hipótese que está a “considerar a 100%”.
Trump, que acabou o mandato de quatro anos em 20 de janeiro, depois de ser derrotado pelo democrata Joe Biden nas presidenciais de 03 de novembro de 2020, já tinha dito que queria voltar 'à corrida eleitoral'.
“Estou a estudar muito seriamente, mais do que seriamente [a recandidatura], mas por razões legais não quero realmente falar sobre isso agora. É demasiado cedo”, referiu em 20 de abril o conservador.
A viver em Palm Beach (Florida) desde o final de janeiro, Trump recebeu a 'peregrinação' de vários conservadores e figuras proeminentes republicanas em Mar-a-Lago, o clube privado que é também a 'base das operações' da família Trump, com vista à conquista de apoio para as próximas eleições legislativas, em 2022, que são, por agora, as prioridades do ex-chefe de Estado, de acordo com analistas republicanos.
Trump apadrinhou a candidatura de DeSantis nas eleições de 2018 e, desde então, o governador da Florida é um dos maiores aliados do magnata.
“Ron” DeSantis foi, em fevereiro, o anfitrião da Conferência de Ação Política Conservadora, em Orlando (Califórnia), na qual foi considerado o candidato predileto às eleições presidenciais de 2024.
O final do mandato de Trump foi atribulado.
Desde que os principais órgãos de comunicação social norte-americanos, como, por exemplo, a CNN, o The New York Times ou o The Washington Post, anunciaram as primeiras projeções que apontavam para vitória de Biden, até à confirmação no Congresso do democrata, o percurso foi tumultuoso.
No próprio dia das eleições, 03 de novembro, Trump declarou-se vitorioso e referiu que se o resultado fosse diferente era sinal de que tinha havido fraude eleitoral, perpetrada pelos democratas.
Seguiu-se uma campanha de descredibilização do sistema eleitoral norte-americano, várias ações judiciais que contestavam os resultados – principalmente nos estados com maior número de votos no Colégio Eleitoral e onde Biden venceu – e acusações infundadas de fraude eleitoral, dinamizadas por Trump, pela família do antigo Presidente, pelo advogado “Rudy” Giuliani e pelos apoiantes de Trump.
O “pináculo” deste percurso agitado foi a invasão ao Capitólio, em 06 de janeiro, que visava impedir a confirmação da vitória de Biden no Congresso, impulsionada por Trump, momentos antes do início da tentativa de insurreição, durante um discurso em Washington.
Considerado autor moral deste ataque ao Capitólio, Trump foi alvo de uma segunda processo de destituição, mas sem sucesso.
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