Minutos depois de começar a intervenção da advogada Roberta Kaplan no tribunal federal de Manhattan, Trump levantou-se subitamente do lugar que ocupava na mesa da defesa e dirigiu-se à saída, fazendo um compasso de espera para permitir que os elementos dos serviços secretos o seguissem.
A advogada de E. Jean Carroll instou o júri a decidir por uma indemnização mínima de 12 milhões de dólares (cerca de 11 milhões de euros), argumentando que Trump destruiu a sua reputação ao desencadear reações de ódio depois de a apelidar de mentirosa.
A saída inesperada levou o juiz Lewis A. Kaplan a interromper brevemente as declarações finais para dizer que: “a ata refletirá que o senhor Trump simplesmente se levantou e saiu da sala do tribunal”.
A saída aconteceu poucos minutos depois de o juiz, sem o júri na sala, ameaçar deter Alina Habba, advogada de Trump, por continuar a falar com o seu cliente quando foi avisada para o deixar de o fazer.
“Está prestes a passar algum tempo na prisão. Agora sente-se”, disse o juiz a Habba, que obedeceu imediatamente.
Apesar do mesmo apelido, a advogada Roberta Kaplan e o juiz não têm relação, escreveu a agência AP.
Na quinta-feira, Trump quis contornar as regras impostas sobre o que poderia dizer quando se dirigiu aos jurados: “ela (Carroll) disse uma coisa que considero uma acusação falsa. Eu só queria defender-me, à minha família e, honestamente, a presidência”.
O juiz pediu ao júri para ignorar as declarações. A este júri foram também referidos os limites do presente julgamento, que são declarações de Trump feitas em junho de 2019, e que deveriam respeitar o veredicto do ano passado.
Em maio, um júri diferente concluiu que Trump tinha abusado sexualmente de Carroll, em 1996, num vestiário de uma luxuosa loja de Manhattan, assim como que a tinha difamado em 2022 quando afirmou que a alegação de abuso foi inventada para poder vender um livro de memórias.
Os advogados de Carroll pedem mais de 10 milhões de dólares em indemnizações compensatórias e punitivas.
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