Também hoje, o presidente iraniano, Hassan Rouhani, qualificou como “um crime sem precedentes” as sanções norte-americanas que, alegadamente, impedem a assistência humanitária internacional de chegar às pessoas necessitadas em áreas atingidas pelas inundações.
Na terça-feira, o número de mortos era de 57 pessoas, num dia em que as equipas de socorro se preparavam para inundações massivas numa província do oeste do país, prevendo o realojamento de 100 mil pessoas.
Na noite de segunda-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Mohammad Javad Zarif publicou uma mensagem na rede social Twitter, dizendo que a política de “pressão máxima” dos Estados Unidos contra o Irão “está a impedir os esforços de ajuda do Irão a todas as comunidades devastadas por inundações sem precedentes”.
O ministro iraniano declarou que as sanções impediram Teerão de obter equipamentos extremamente necessários, incluindo helicópteros de socorro.
“Isto não é apenas guerra económica; é um terrorismo económico”, afirmou Zarif.
O Irão tem enfrentado desde meados de março grandes inundações e as autoridades locais pediram repetidamente que mais helicópteros fossem enviados para áreas remotas do país.
Os meios de comunicação estatais referiram ainda que as inundações atingiram centenas de aldeias, bem como cidades e vilas na metade ocidental do país. Em algumas partes, o estado de emergência foi declarado.
A decisão norte-americana de impor novas sanções a Teerão surgiu na sequência do abandono pelos Estados Unidos, por iniciativa do Presidente Donald Trump, do acordo nuclear assinado em 2015 entre o Irão e o denominado grupo dos 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU — Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China — mais a Alemanha).
O referido acordo foi negociado para impedir o Irão de se munir de armas nucleares.
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