Na entrevista às autoridades a 12 de fevereiro, conduzida em espanhol e em inglês, o luso-venezuelano Javier Enrique Da Silva Rojas, de 24 anos, confessou ter tido um encontro sexual com a vítima, a sua ex-namorada Valerie Reyes, na noite de 28 a 29 de janeiro e disse ter-lhe aplicado fita adesiva na boca, mãos e pés depois de esta ter caído no chão e ter batido acidentalmente com a cabeça.
Javier Enrique Da Silva Rojas confessou também ter colocado o corpo numa mala, transportando-a num carro e abandonando-a numa floresta.
Segundo um investigador da agência norte-americana Federal Bureau of Investigation (FBI), citado nos documentos que a Lusa consultou hoje, o arguido foi avisado do direito de permanecer em silêncio, (Advertência de Miranda, no termo técnico utilizado pela justiça norte-americana), mas “desistiu dos seus direitos de Miranda” e fez as afirmações.
O arguido de 24 anos foi preso no dia 11 de fevereiro por furto, por ter utilizado o cartão bancário da vítima para levantar mil dólares (875 euros) a 29 de janeiro, enquanto as autoridades continuavam a tentar provar que também cometeu o crime de homicídio.
O investigador do FBI fez um depoimento no tribunal para determinar se houve ou não um crime de homicídio, dizendo que o português "raptou uma mulher, Valerie Reyes, em New Rochelle, Nova Iorque" entre 28 e 29 de janeiro, com fita adesiva na boca e nas mãos, fechando-a numa mala vermelha e transportando-a para Greenwich, no estado de Connecticut, para se livrar do corpo, "que resultou na morte da jovem".
O agente, que disse ter retirado as informações em conversas com testemunhas e polícias e através de gravações, acrescentou também que se escusa a indicar diversos outros factos sobre o caso, por se tratar de um depoimento para determinar um crime de homicídio.
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