Questionado sobre declarações da Procuradora-Geral da República dando conta da falta de meios para concluir o processo “Tutti-Frutti” (sobre uma alegada troca de favores entre PS e PSD no âmbito das autárquicas de 2017), Marcelo Rebelo de Sousa recusou comentar casos específicos.
Falando aos jornalistas durante a visita que está a realizar hoje à Feira Nacional da Agricultura, em Santarém, o Presidente salientou avanços em “alguns domínios” da Justiça, nomeadamente, nas relações entre particulares, em questões não criminais, ou em “não grandes casos criminais, não mega processos”.
“Mas é pena que isso que está a funcionar bem na Justiça não seja tão rápido nesses mega casos criminais ou nalguma justiça administrativa e fiscal”, disse.
Apontando casos em que, “felizmente”, se avançou nos últimos anos, Marcelo apontou os que chegaram a julgamento, como o caso Tancos, outros que avançaram, como o caso Lex, outros que avançaram, mas que, “por razões processuais, não tanto quanto se esperava, mas não por causa da investigação”, como o Marquês/BES.
“Vão avançando. Depois há outros que ficam mais para trás e eu penso que, em geral, é muito importante que os portugueses vejam na Justiça uma realidade com meios de investigação e depois com meios de decisão, de julgamento, porque uma Justiça tardia é uma Justiça injusta”, declarou.
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