O vírus, responsável pela doença covid-19, que já causou a morte a 355 mil pessoas e infetou mais de 5,7 milhões de outras em todo o mundo (incluindo países islâmicos), é, no entender do grupo fundamentalista, uma resposta aos mais recentes “bombardeamentos” contra “os fiéis” no Iraque e na Síria.
Sem mencionar explicitamente a quem se dirige, o porta-voz do Estado Islâmico, Abu Hamza al-Qurashi, faz referência aos “assédios” contra os “muçulmanos” em Mossul (Iraque) e Al-Baguz (Síria), que causaram “morte e destruição” nas alas do grupo.
“Estamos felizes com a tortura do deus supremo (…) e pedimos-lhe mais tortura (…) a menos que [os infiéis] optem pelo caminho da fidelidade”, acrescentou o porta-voz. “Muitos de vós perderam tudo”, congratulou-se ainda.
A mensagem de áudio de 40 minutos, forma de comunicação pouco habitual do grupo, foi divulgada no contexto em que as forças de segurança de Iraque e Síria estão a intensificar os ataques contra posições do grupo, que já não controla o território naqueles dois países onde estabeleceram um “califado” em 2014.
Os ataques contam com o apoio aéreo da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos.
Esta não é a primeira vez que o Estado Islâmico se pronuncia sobre o novo coronavírus. Em 15 de março, o grupo partilhou recomendações para enfrentar a pandemia, que passavam por “ter fé”.
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