Alexandra Santos disse à Agência Lusa que "o crescimento do turismo no Porto fez aumentar a existência dos guias piratas, indivíduos que trabalham sem terem qualificação nem certificação".
O alerta da FEG surge na sequência do anúncio da Autoridade de Padrões de Publicidade do Reino Unido de medidas destinadas a "travar os operadores turísticos sem escrúpulos e guias não qualificados que de forma fraudulenta anunciam passeios gratuitos aos turistas".
"Desde 2015, com o aumento do turismo na cidade do Porto, notou-se um acréscimo de empresas de free-tours, que utilizam mão-de-obra barata e sem qualificação para exercer a função de guia-intérprete", disse Alexandra Santos, também presidente da delegação do Porto do Sindicato Nacional de Atividade Turística, Tradutores e Intérpretes (SNATTI).
Segundo a responsável, "existem, pelo menos, cinco empresas a trabalhar, sendo que cada uma dela terá ao seu serviço dez supostos guias piratas, ou seja, há cerca de 50 falsos guias a operar no Porto".
E acrescentou: "Há também empresas que, estando registadas, não utilizam guias-intérpretes qualificados, servindo-se em alguns casos de estudantes universitários que ganham à comissão a partir das gorjetas que recebem no final por um serviço que é anunciado como grátis".
"Sabemos que nessas visitas, aquando da primeira conversa com os turistas, é feito esse convite para que, caso gostem do serviço, paguem no final entre três e cinco euros", denunciou a responsável sindical.
E continuou: "Esta prática, para além de fraudulenta, deixa uma má imagem do país".
O SNATTI, segundo Alexandra Santos, deu conta desta prática "por várias vezes nos últimos anos à ASAE, mas desta não chegou qualquer indicação de investigação".
Contactada a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, a Lusa não obteve os pedidos de esclarecimento solicitados.
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