“Hoje de manhã as equipas de resgate encontraram os corpos de dois palestinianos que morreram na sequência dos bombardeamentos [feitos por avião] desta madrugada na zona norte da faixa de Gaza”, anunciou o porta-voz do Ministério da Saúde Palestino, Ashraf Al Qedra, citado pela agência noticiosa Efe.
Em causa estão dois homens de 28 e de 30 anos, que morreram na sequência dos três ataques aéreos desta madrugada (pelas 02:00 em Lisboa) na zona norte, centro e sul de Gaza, que provocaram danos materiais em edifícios das forças policiais Azedín al Qasam, ligadas ao Hamas.
Entretanto, o Governo de Israel informou que, “em resposta aos mísseis lançados contra as comunidades israelitas na sexta-feira, a aviação militar bombardeou [esta madrugada] quatro edifícios da organização terrorista do Hamas na Faixa de Gaza”.
Segundo a mesma informação, os bombardeamentos afetaram fábricas e armazéns de armas e um complexo militar, visando “afetar atingir muitas pessoas”.
Os confrontos aconteceram após um “dia de raiva” em que milhares de palestinianos entraram em confronto com as forças israelitas para protestar contra a decisão unilateral do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de declarar Jerusalém capital de Israel.
Na sexta-feira à tarde, a aviação israelita bombardeou posições militares do movimento radical islâmico Hamas em Gaza, também em resposta a tiros de 'rocket' disparados do enclave palestiniano em direção ao país, provocando pelo menos 15 feridos.
Além destes dois mortos hoje conhecidos, registaram-se outros dois nos confrontos com forças israelitas em Jerusalém, na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, adianta a Efe.
Os protestos na Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém, no âmbito do Dia da Ira - contra a decisão dos EUA de reconhecerem Jerusalém como capital de Israel - fizeram também mais de uma centena de feridos.
Após as orações do meio-dia sexta-feira, o principal dia da semana religiosa muçulmana, vários grupos de jovens na Cisjordânia e em Gaza dirigiram-se aos postos de controlo militares israelitas e lançaram pedras e cocktails molotov contra os soldados.
Os militares israelitas responderam a tiro, com balas de borracha, fogo real (segundo testemunhas) e usando material anti-distúrbios.
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